Saiba quais estratégias você deve evitar na hora de trabalhar com gestão de pessoas
Trabalhar com gestão de pessoas é uma arte. Muitos profissionais competentes em suas áreas, quando passam de tarefas operacionais para tarefas gerenciais, acabam se perdendo no meio do caminho pelo fato de não saber gerir apropriadamente os seus subordinados. Isso não significa falta de conhecimento técnico, mas muitas vezes pode ser resultado de falta de sensibilidade na abordagem.
Entre os muitos erros estratégicos que você pode cometer na hora de gerir o pessoal, alguns são considerados os mais comuns ou que impactam mais de forma negativa nos resultados. Se você já tem uma posição de gestor ou ainda está pleiteando uma na companhia em que você trabalha, fique muito atento para não cometer nenhum desses erros na hora de gerir os seus subordinados.
A comunicação não é feita de forma clara
Não há como cobrar de um colaborador que algo seja feito da forma que você deseja se você não explicar claramente aquilo que precisa ser feito. As falhas de comunicação são responsáveis pelos maiores problemas nas companhias. Um gestor supõe que o seu funcionário entendeu; este, por sua vez, acredita que também entendeu a mensagem e executa a tarefa em questão, mas talvez sem o foco correto.
O resultado, em muitos casos, pode ser o de trabalhos que precisam ser refeitos por completo ou ainda que não atendem as premissas do que foi pedido. Por isso, ao comunicar alguma coisa, tenha a certeza absoluta de que você foi entendido pela outra parte. Faça perguntas claras para tirar as dúvidas que possam ter ficado ou peça para que os seus subordinados repitam aquilo que você acabou de dizer para que não reste nenhuma dúvida do que foi decidido.
Treinamento insuficiente e falhas na seleção
É comum que funcionários sem o preparo correto cometam erros nas funções que estão desempenhando. Entretanto, antes de punir alguém por conta disso, é preciso investigar as razões das falhas no processo. Em muitos casos, a culpa pode ser do gestor, seja por falha do processo de recrutamento e seleção ou ainda pela falta de treinamento específico para a função.
Você não pode delegar uma tarefa para alguém sem ter a absoluta certeza de que essa pessoa será capaz de realiza-la. Se o funcionário tem dúvidas ou não sabe como proceder, cabe ao gestor direto ensinar a melhor maneira de fazê-la, para que a execução seja perfeita. Algumas demandas requererem ainda treinamentos específicos, algo que você deve prover sempre que possível. Lembre-se, ninguém tem culpa de estar onde não deveria – a não ser quem o colocou naquela posição.
Gestão de pessoas vs. Gestão de amigos
Quando um novo gestor chega a uma empresa, é muito comum que ele traga pessoas de confiança para assumir cargos considerados fundamentais. Entretanto, é preciso tomar muito cuidado para não confundir a amizade que pode existir fora da empresa com eventuais benefícios ou perdões na hora de gerir o seu colega.
Como gestor, tenha em mente que dentro da empresa o seu colega de trabalho é um funcionário como outro qualquer e deve ser tratado de forma igualitária, de forma que você não crie nenhum tipo de injustiça no ambiente. Não há nada pior para uma equipe do que ver que uma determinada pessoa, sem a devida qualificação necessária, está ganhando posições na carreira apenas pelo fato de ter mais proximidade com o seu chefe.
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Tome cuidado com as críticas
Uma postura enérgica e firme, eventualmente, pode resultar em críticas com relação ao trabalho de um funcionário em específico. Tome muito cuidado para não dar esse tipo de feedback em público, diante de outras pessoas. Isso pode gerar uma situação constrangedora e, em vez do colaborador parar para refletir sobre o seu erro, ele vai ficar desmotivado por ter passado vergonha diante dos seus colegas de trabalho.
Portanto, se você precisar falar algo negativo para alguém, faça isso de forma privada, sem expor os erros individuais para o restante da equipe. Além de essa ser uma forma mais cortês e respeitosa de tratar os seus colaboradores, esse tipo de tratamento mostra que você está preparado para a gestão de pessoas, sabendo identificar e tratar erros pontuais de forma individual e não generalizada.
Metas impraticáveis
Imagine que uma desentupidora precisa de duas horas para desentupir um encanamento. Contudo, você colocou para eles a meta de fazer isso em 45 minutos. Será que as coisas vão funcionar diferente só porque você quer? A resposta é que provavelmente não. Muitos trabalhos têm o seu tempo mínimo para serem realizados e não é forçando a barra que você vai conseguir que eles aconteçam de forma mais rápida.
Assim acontece também com as metas na hora de fazer a gestão de pessoas. O bom gestor é aquele que sabe exatamente o que pode ser feito e que coloca como meta um valor um pouco acima do ideal, mas cujo número seja plausível de ser alcançado. Definir metas que não condizem com a realidade não fazem de você nenhum tipo de exemplo ou gestor ousado, mas sim um executivo que está deslocado da realidade, “atirando para todos os lados” para ver até onde seu time consegue chegar.
Todas as equipes têm as suas limitações e avaliar as possibilidades de resultados é uma das tarefas de um gestor. Lembre-se: você deve jogar ao lado do seu time, não contra ele, desafiando-o até onde seus colaboradores podem chegar.
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