A cidade de São Paulo perdeu 36,3% da água tratada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp) em 2012, segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Trata Brasil com base em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).
A cada 10 litros tratados, mais de três não são consumidos ou usados de maneira regular. As perdas ocorrem por causa de vazamentos na distribuição, ligações clandestinas, roubos e falta de medição. A pesquisa ainda aponta que a capital paulista só trata 52,15% do esgoto da água consumida.
Os dados são os mais recentes disponíveis no SNIS e colocam a capital paulista em 25º lugar no “Ranking do Saneamento Básico nas 100 Maiores Cidades do País”, divulgado pelo Trata Brasil. A metodologia foi desenvolvida pela empresa de consultoria GO Associados.
A Sabesp rebateu os dados afirmando que, se considerado apenas os vazamentos, a empresa tem índices melhores que o de países desenvolvidos. “Esse indicador era de 20,3% no início de 2014 e já caiu para 19,8% em junho/2014. Nos melhores sistemas do mundo, como Japão e Alemanha, as perdas físicas estão em torno de 8%. No Reino Unido são de 16%, na Filadélfia (EUA) são 25,6%, na França, 26%, e na Itália, 29%”, informou a companhia em nota.
Entretanto, a empresa não detalhou os dados, apontando se eles refletem a situação na cidade ou no estado. A companhia informou ainda que prevê aplicar R$ 6 bilhões, entre 2009 e 2020, para atingir índices de perdas de 16,7%. A empresa diz já ter aplicado R$ 1,45 bilhão e que conta com financiamento do Japão.
Neste ano, após o agravamento da crise de abastecimento, a Sabesp informou que diminuiu o tempo de reparos a vazamentos de 48 horas para um período entre 26 a 30 horas.
No começo do ano, mais de 700 pontos de vazamentos na rede de abastecimento na Grande São Paulo foram apontados por leitores ao longo de poucos mais de dois meses.
O relatório do SNIS mostra que, apesar de 99,1% da população paulistana ser atendida pela rede de abastecimento, mais de um terço da água não é contabilizado como “entregue oficialmente” aos clientes da Sabesp. As perdas totais de água – na distribuição e faturamento – não tiveram melhoria expressiva nos últimos anos no âmbito nacional. A Sabesp rebate afirmando que, desde 2004, as perdas físicas caíram de 26,7% para 20,3%.
A perda na distribuição ocorre quanto a água sai da concessionária, mas não é entregue por falhas físicas na rede. Já a perda no faturamento ocorre quando a água é consumida, mas não é paga. Isso ocorre, principalmente, por causa de ligações clandestinas e furtos na rede. A situação é recorrente em áreas de ocupação que não foram regularizadas pelas prefeituras, segundo a assessoria de imprensa da Sabesp.
Das 100 maiores cidades do país, 90% não tiveram evolução na redução das perdas ou somente melhoraram seus índices em 10% entre 2011 e 2012. A média das cidades brasileiras na perda de água (faturamento e distribuição) foi de 36,9% em 2012.
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Fonte: g1.GLOBO
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