Com o aumento das temperaturas, aumentam também as chances de acontecer as chuvas de verão, que podem causar inundações, enchentes e deslizamentos de encostas.

Consequências das chuvas de verão

Com os termômetros subindo, a temperatura fica mais propícia aos banhos de mar e de piscina, mas também aumentam as chances de acontecer as chuvas de verão, que geralmente acontecem no final da tarde, apresentam alta intensidade e têm curta duração.

Também chamadas de “chuvas convectivas”, as chuvas de verão são resultado da intensa evapotranspiração de florestas, oceanos, asfaltos, telhados, estacionamentos e muitos outros elementos urbanos que são superfícies úmidas e aquecidas – o termo “evapotranspiração” consiste na perda de água do solo por meio da evaporação e na perda de água das plantas por meio da transpiração.

Entenda como se formam as chuvas de verão

Formação das chuvas de verão

Com o avanço da ocupação humana, superfícies que antes poderiam absorver a água e o calor, como a terra e a vegetação, foram substituídas por construções que ajudam a aumentar ainda mais a temperatura. Com a incidência do sol nessas superfícies, o ar se aquece e tem a tendência de subir, carregando consigo a umidade.

Esse ar aquecido, porém, é barrado quando encontra as nuvens. Em um dia de altas temperaturas, como é típico no verão brasileiro, haverá uma pressão maior do ar aquecido tentando passar por essa barreira. Em um determinado o momento, o ar poderá romper a camada de nuvens, formando uma corrente ascendente muito forte, que pode chegar aos 200 km/h. Conforme ganha altitude, o ar aquecido se encontra com uma porção de ar em temperaturas muito baixas.

A partir desse encontro, com o auxílio de micropartículas poluentes, acontece o congelamento da umidade carregada pelo ar aquecido. Esse gelo continua a ganhar altitude e passa a agregar mais umidade, aumentando de tamanho e formando uma bola de gelo, até o ponto em que a corrente ascendente não terá mais força para empurrá-lo para cima. A partir disso, o gelo começa a cair e se encontra novamente com o ar aquecido que estava no movimento de subida, o qual provoca o derretimento das bolas de gelo.

Então, o gelo derretido chega à superfície em forma de pingos grossos e gelados, que caracterizam a chuva de verão. Quando o ar aquecido não consegue derreter totalmente o gelo, acontece o fenômeno chamado de granizo.

Você também pode gostar de:
Água da chuva não deve ser direcionada para a rede de esgoto. Entenda!

Consequências das chuvas de verão

Mesmo que sejam caracterizadas por sua curta duração e por acontecerem em uma região relativamente pequena, as chuvas de verão podem ter consequências graves, causando prejuízos para a população. Conheça algumas delas:

Destelhamentos e queda de árvores e postes

Queda de árvores causado pelas chuvas de verão

Quando o ar aquecido que estava subindo consegue romper a barreira das nuvens, são formadas correntes de ar muito fortes, que geram ventos de até 150 km/h e são capazes de derrubar árvores e postes. Quando arrancadas bruscamente, essas estruturas podem atingir pessoas que estejam passando, causando ferimentos sérios, ou então podem cair sobre casas e veículos, causando também muitos prejuízos ambientes.
Outra consequência dessa forte corrente de ar é o destelhamento, pois a estrutura dos telhados não consegue resistir a essa enorme força.

Raios

Rios causados pelas chuvas de verão

O atrito entre o ar quente que está subindo e o gelo que cai, gera eletricidade estática, a qual se acumula e dá origem aos raios. Quando ocorre a descarga elétrica, são produzidos os intensos ruídos conhecidos como trovões.
Além de poderem provocar a queda de árvores, os raios podem causar incêndios em florestas, casas e indústrias e, ainda, podem acabar matando ou ferindo gravemente uma pessoa que seja atingida.

Deslizamentos de morros

Deslizamentos de morros causado pelas chuvas de verão

As chuvas de verão são um dos fatores responsáveis pelos deslizamentos de morros e encostas, que podem ter consequências muito trágicas envolvendo destruição de cidades inteiras e mortes de pessoas e animais. Os deslizamentos são piorados pela ocupação humana desordenada, que diminui a vegetação e deixa muita terra “solta” no processo de construção nos morros, aumentando a avalanche.

A presença de vegetação pode ajudar a amenizar o impacto das chuvas, pois as raízes estabilizam o solo. O fenômeno também é influenciado pela granulometria do solo e pelo seu nível de coesão.

Você também pode gostar de:
Chuvas não reduzem efeitos da estiagem histórica em SP

Enchentes

Enchentes causadas pelas chuvas de verão

As enchentes se formam quando o leito de um rio recebe um volume de água maior ao que ele pode suportar, causando transbordamentos. A chance de ocorrência de uma enchente é maior quando o solo é impermeável – ou seja, quando ele não pode absorver água, que é justamente o caso do asfalto e das construções.

Junto com a impermeabilização do solo, o entupimento de bueiros causado pelo lixo impede que a água seja escoada, o que contribui para a formação de enchentes nos perímetros urbanos. A água que não consegue escoar se acumulas e sobe de nível, entrando nos carros e causando panes elétricas e mecânicas. Ainda, essa água alaga casas e comércios, o que resulta em graves prejuízos materiais e em risco de contaminação por doenças como leptospirose.
Além disso, as inundações fazem com que os animais peçonhentos como cobras, aranhas e escorpiões saiam de suas tocas em busca de alimentos – em consequência, algumas vezes eles acabam entrando nas casas.

Algumas dicas para diminuir a probabilidade de enchentes são manter em dia o sistema de escoamento das cidades e também das casas; manter ralos e calhas desobstruídos para evitar que a água transborde; promover a limpeza do esgoto para evitar doenças transmitidas pelas enchentes; e fazer dedetizações periódicas, evitando a infestação de pragas em caso de inundações. Se preferir, você pode contratar uma empresa desentupidora e dedetizadora para realizar esses serviços.

Categorias: BlogDicas

0 comentário

Deixe um comentário

Avatar placeholder

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *