Entenda porque água da chuva e água de esgoto não devem ser misturadas!
Você já reparou que quando chega a época das chuvas também aumentam os entupimentos e vazamentos nas casas e nas ruas? Muita gente tem na ponta da língua a resposta: por causa das ligações clandestinas! Mas não sabe exatamente por quê isso ocorre. Por outro lado, enquanto a maioria respeita a legislação, que proíbe a mistura dos despejos de água de chuva de esgoto, outros, por falta de conhecimento ou senso crítico, ligam a rede pluvial (de água da chuva) à de esgoto a qual, por sua vez, não é dimensionada para receber um volume de água maior que sua capacidade e acaba transbordando, causando entupimentos, inundações, contaminando o lençol freático e gerando sérios riscos para a saúde das pessoas pela proliferação de patologias conduzidas por vias hídricas. O problema fica ainda maior porque além dos moradores, vários comerciantes e até indústrias também fazem ligações clandestinas, contribuindo ainda mais para o refluxo do esgoto tanto nas vias públicas quanto nos sanitários e ralos residenciais.
Como deve ser feito o descarte das águas
A forma correta é realizar a coleta da água da chuva através de calhas e ralos e direcioná-la para tubulação própria, ou seja, independente da rede de esgoto, para ser descartada nas vias públicas, alcançando tubulações e galerias construídas pelo poder municipal onde será conduzida para desembocar nos rios, córregos e mares.
Essa água despejada não deve conter nenhum resíduo nocivo à saúde porque retorna diretamente para natureza, ou seja, não passa pelas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs). Apenas as águas servidas, aquelas que são fornecidas pela companhia de água e esgoto da sua cidade, podem ser descartadas junto com o esgoto – e é por isso que as contas de água vêm com valores iguais para cada tipo.
Problemas atingem vários aspectos
É sempre bom lembrar que o despejo de água da chuva junto com o esgoto é infração prevista em Lei. Além do risco de entupimentos, inundações e o refluxo para o interior de casas e estabelecimentos comerciais, o excesso de volume pode causar o rompimento da tubulação da rede de esgoto, contaminando o lençol freático, com possível dano à saúde – criando também uma sobrecarga no próprio tratamento de esgoto. Com aumento do volume, as tampas de ferro dos poços de visita (PV) que ficam localizadas no meio da rua também podem ser deslocadas gerando probabilidade de acidentes com os veículos que passam no local.
Ligações clandestinas são crimes ambientais
As ligações clandestinas de água de chuva misturada com esgoto são consideradas crimes ambientais. De acordo com a Sabesp, responsável pela água e saneamento no Estado de São Paulo, 171 mil residências, comércios e indústrias da Grande São Paulo não estão ligadas à rede de esgoto, 80 mil deles só na área da capital paulista – o equivalente a uma cidade do tamanho de São Bernardo do Campo.
Esgoto in natura nunca deve ser lançado em córregos, rios e mares – ou nas redes de águas pluviais que deságuam na natureza. Os imóveis não ligados a rede coletora pública de esgoto devem manter fossas sépticas, que fazem o tratamento primário do esgoto, separando os detritos líquidos sólidos e pastosos. Esses detritos devem ser conduzidos em caminhão limpa fossa diretamente para descarte em estações de tratamento (ETEs).
Por outro lado, o despejo de água servida nas ruas também pode causar danos, pois além dos componentes químicos contidos na água utilizada para lavar roupas e louças, por exemplo, que reduz a vida útil do asfalto com o despejo constante, existe ainda o risco da proliferação de doenças causadas pela contaminação ambiental.
Dicas otimizam resultados
Evite problemas fazendo as instalações corretamente: o esgoto das áreas da pia da cozinha e da churrasqueira deve passar sempre pela caixa de gordura antes de ser dispensado na parte externa. No entanto, é preciso executar a limpeza constante da caixa de gordura para evitar entupimentos na rede interna.
Já para escoamento das águas pluviais, a dica é evitar tubos de PVC, que podem entortar as extremidades provocando entupimentos, mesmo quando ligados diretamente às galerias subterrâneas através das bocas de lobo.
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